Gráfico de Frequência: como avaliar os processos de forma eficaz?

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O gráfico de frequência é uma ferramenta que mostra informações básicas sobre a localização, forma e dispersão de um conjunto de dados.

Com a competividade atual no mercado empresarial, é importante que as empresas evitem todos os problemas que possam levá-las ao fracasso. Por isso, é primordial ter sempre em mãos informações que apresentem a real situação da empresa e ferramentas de análise poderosas, e o gráfico de frequência é uma dessas ferramentas.

Gráfico de frequência x Gráfico de tendência

Diferentemente do gráfico de tendência, o gráfico de frequência não utiliza a variável de tempo, sendo assim, um gráfico estático.

Ele deve ser utilizado apenas quando há conhecimento adequado da estabilidade da característica sendo medida. Sendo assim, se o processo for estável, o gráfico de frequência serve como uma previsão do desempenho do processo no futuro, mas se este for instável – com alta variação – o gráfico torna-se um resumo do que ocorreu no processo anteriormente.

Processos estáveis x Processos instáveis

  • Processos estáveis são aqueles que estão em estado de controle estatístico, ou seja, sob ação somente de causas comuns de variação. Portanto, tornam os resultados futuros previsíveis. A partir de um processo estável, identificamos uma identidade, como um nome (média) e um sobrenome (desvio padrão) e, dessa forma, o efeito de mudanças e melhorias pode ser medido com rapidez e confiabilidade.
  • Processos instáveis são aqueles que estão sob ação de causas comuns e especiais. Nota-se que basta uma causa especial para tornar o processo instável. Dessa forma, não há como prever o comportamento do processo.

Dito isso, é importante saber também que existem diferentes tipos de gráficos de frequência.

Conheça os tipos de gráficos de frequência

Dot Plot

O dot plot é conhecido também como gráfico de pontos, por sua representação ser em forma de vários pontos como na figura a seguir:

Gráfico de Frequência dot plot

O Dot Plot retrata graficamente a distribuição dos dados, no qual conseguimos efetivamente observar como estão distribuídos os dados coletados. O eixo X representa os valores de cada característica da qualidade medida, onde cada ponto representa a quantidade de ocorrências desse valor.

O gráfico de pontos mostra:

  • Simetria: se há semelhança na distribuição dos dados tanto para mais, quanto para menos.
  • Pontos extremos: pontos que se distanciam dos demais.
  • Centralidade: onde está a maioria dos pontos.
  • Quantidade de variação.
  • Mínimo e Máximo.

Histograma

É uma das ferramentas mais utilizadas atualmente. O histograma representa graficamente a tabela de frequências, ou seja, a distribuição de dados. Assim como o dot plot, o histograma mostra:

  • Simetria.
  • Pontos extremos.
  • Centralidade.
  • Quantidade de variação.
  • Mínimo e Máximo.

Porém, existem diferenças entre o dot plot e o histograma em suas aplicações e em seus cenários. Enquanto o dot plot é mais adequado para quantidade de dados menores, o histograma é mais adequado para quantidades de dados maiores. O primeiro preserva os valores individuais e o segundo não preserva os valores individuais.

Confira um exemplo abaixo do histograma:

Gráfico de Frequência

E como é possível construir um histograma?

  • Use um formulário de coleta de dados e colete um volume considerável (mínimo 50 dados). Caso seja necessário, podemos estratificá-los.
  • Determine o número de intervalos (número de barras) B. Use a tabela abaixo como referência:
  • Calcule o intervalo I (tamanho da barra) de dados em cada barra:
    • I = (máximo – mínimo) / B, arredondar
  • Calcule os valores de início e fim de cada barra:
    • Escolha o limite inferior do primeiro intervalo L1, sendo esse menor ou igual ao valor mínimo
    • Calcule os limites seguintes: L(j+1) = L(j) + I
  • E por fim, calcule a frequência de ocorrência dos dados em cada intervalo e monte o gráfico.

Diagrama de Pareto

O objetivo principal de um programa de qualidade é reduzir perdas provocadas por itens defeituosos e que, consequentemente, não atendem às especificações. Os esforços concentrados em eliminar 100% dos defeitos não é uma política eficaz, pois geralmente poucos tipos de defeitos são responsáveis pela maioria das rejeições. Portanto, torna-se mais eficaz aplicar os esforços em atacar as causas desses poucos defeitos que representam as maiores rejeições.

O diagrama de pareto se aplica a uma ou algumas categorias responsáveis pela maioria dos defeitos e os esforços devem ser concentrados na melhoria de uma ou duas barras, como no exemplo a seguir.

Concentrando esforços no defeito A, eliminaremos mais de 60% das rejeições. Enquanto o defeito D, eliminará cerca de 10% das rejeições apenas.

E como é possível construir um diagrama de pareto?

  • Defina um problema específico e colete seus dados.
  • Liste todos os defeitos que se apresentam.
  • Determine uma medida comum para comparar as categorias.
  • Defina um período (tempo) relevante no qual os dados serão coletados.
  • Colete pelo menos 30 dados referente aos defeitos.
  • Calcule a frequência individual e a frequência acumulada de ocorrência dos defeitos.
  • Ordene os defeitos pela frequência descendente de ocorrência.

E quais são os seus benefícios?

Agora que sabemos os tipos de gráfico de frequência existentes, conheça os benefícios que sua utilização traz:

  • Visualização simples.
  • Aprendizado em equipe.
  • Avaliar os processos de forma eficaz: centralidade, variação, defeitos que mais causam rejeições etc.
  • Redução de defeitos chave e, consequentemente, maior satisfação dos clientes.
  • Maior organização de dados.
  • Auxílio na tomada de decisão.
  • Otimização dos recursos utilizados.

Agora que você já sabe como usar o gráfico de frequência e como ele pode te beneficiar basta entrar em contato conosco para te ajudarmos a aplicar essa ferramenta na sua empresa. Nos acompanhe também no FacebookInstagram Linkedin para ficar sempre atualizado dos nossos conteúdos.

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