Os Indicadores de Desempenho Logístico, do inglês Key Performance Indicator, KPI, são usados para medir e avaliar os resultados dos processos que são apontados como fundamentais para o sucesso do negócio. Os KPIs também ajudam a identificar os tópicos que devem ser melhorados para aumentar o desempenho logístico.
Esses indicadores precisam combinar com a estratégia adotada pela companhia. Portanto, é preciso definir os fatores mais relevantes — como o tempo de entrega ou o custo da operação, por exemplo.
Um setor logístico de qualidade, seguro e em constante melhora na prestação dos serviços precisa usar esses indicadores. Além disso, os KPIs ampliam a capacidade de atendimento da organização. Conheça, agora, os principais indicadores que podem ser monitorados durante as operações logísticas.
Acuracidade de inventário
Esse item é relativo à diferença que existe entre o estoque físico — ou seja, os produtos que, de fato, estão no depósito — e os dados que aparecem no sistema de controle de estoque. Quanto maior o percentual, mais as informações estão coerentes.
Para preparar esse índice é preciso realizar uma avaliação do estoque. Com isso, é possível saber se houve possíveis falhas internas, como avarias, extravios, redução da vida útil, entre outras adversidades.
Verificar esses dados com frequência é importante para conhecer o tamanho do problema e da falta de organização. A partir desse momento, é possível decidir quais atitudes precisam ser tomadas para evitar novas complicações.
Esses dados podem ser usados para averiguar outras informações importantes, como a disponibilidade do produto para vendas e a análise da quantidade de saídas. Dessa forma, o setor de compras pode fazer escolhas mais acertadas.
Nível médio de estoque
O nível médio de estoque é um indicador de desempenho logístico que permite que o setor acompanhe a quantidade média de cada produto que está disponível para vendas e avalia por quantos dias é possível operar com o estoque atual.
O ideal é não haver excessos nem falta de itens. O nível adequado vai depender da demanda, do tempo médio dos fornecedores para as entregas, da disponibilidade e das adversidades que podem comprometer a obtenção de materiais. Se dividirmos a quantidade de mercadorias em estoque pela procura média diária, é aconselhável que o valor obtido não seja muito alto.
Mensurar esse valor permite compor o estoque de acordo com a realidade das vendas. Ter quantidades excedentes de produtos faz elevar os custos de operação e ainda pode contribuir para as perdas e gerar prejuízos. Em contrapartida, itens em falta podem prejudicar as vendas e gerar insatisfação nos clientes, diminuindo as chances de fechar novos negócios.
Nível de serviço de entregas
Esse indicador de desempenho é um dos mais importantes na logística, pois é o responsável por identificar o percentual de entregas efetuadas dentro do prazo, correspondentes ao total de pedidos que foram enviados considerando o mesmo período.
Além disso, é possível representar a eficiência nos processos de atendimento — ou seja, considerar se o produto foi entregue no local requisitado, sem erros e completo, conforme o cliente esperava.
Se o valor estiver abaixo do esperado, provavelmente existem problemas com o setor que gerencia o transporte. Para buscar uma solução é preciso observar desde o planejamento das rotas até uma possível ineficiência da transportadora, se o serviço for terceirizado.
Como a operação é medida pela perspectiva do consumidor, o nível de serviço de entregas deve ser monitorado regularmente e buscar melhorias sempre que o KPI indicar alguma falha.
Lead time do pedido
Esse indicador acompanha o tempo total que o pedido do cliente leva para ser finalizado — desde a primeira solicitação até a conclusão da entrega. A diferença é que, nesse KPI, todas as etapas internas são contempladas, e não apenas o prazo e as condições de entrega.
O lead time do pedido é capaz de ajudar a identificar falhas nos processos e operações da empresa. Em geral, a tendência é imaginar que os problemas estão nos atrasos do transporte, porém, nesse isso sempre acontece. Por vezes ocorre demora na preparação dos pedidos — seja pela alta demanda ou pela falta de estoque, que acaba comprometendo o serviço.
Com esses dados em mãos, é fácil identificar em que ponto o gargalo está e em qual etapa está consumindo mais tempo e que precisa ser melhorada.
Índice de extravios e danos
As avarias são os danos físicos causados nas mercadorias — como quebras, amassados e arranhões. Eles podem ser causados por quedas, manuseio incorreto ou por qualquer outro problema em algum momento do transporte. Os extravios são os desaparecimentos que ocorrem antes que o objeto chegue no seu destino.
Ambos geram problemas financeiros para a empresa e reclamações dos clientes e precisam de solução. Para isso, é necessário identificar as causas dessas falhas, e o índice de extravios e danos pode ser o melhor auxiliar para o setor.
Se o produto é entregue com defeito para o consumidor, é preciso ressarci-lo. Caso o pedido nem seja entregue, a empresa precisa arcar com uma nova entrega — o que demanda tempo e gera ainda mais insatisfações.
Custos de logística
Os custos precisam ser bem acompanhados e controlados para que não extrapolem o valor limite para uma boa operação e para não prejudicar a lucratividade. Caso os valores estejam muito elevados, medidas de redução de custos precisam ser tomadas com urgência.
Os principais gastos gerados por uma operação logística variam com os fretes, necessidade de realizar uma nova entrega, devoluções, perda de estoque, avarias e extravios. Novamente, uma análise detalhada dos índices é capaz de revelar onde estão os gargalos que comprometem o orçamento e prejudicam a qualidade das entregas.
Ao acompanhar continuamente os indicadores de desempenho logístico mais relevantes para o seu negócio, é possível realizar melhorias por meio do treinamento dos colaboradores ou pela implementação de softwares de gestão de estoque, por exemplo. A consequência é um setor de logística mais eficiente, com menos erros e mais barato.
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